domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ela é aquela luz que me guia nos meus piores pesadelos, é ela que me arranca das garras das minhas tristes e melancólicas memórias que se vão tornando num fardo cada vez mais pesado, é ela que me põe um sorriso na cara apesar de uma troca de olhares de relance numa fracção de segundo, é ela que continua a fazer-me levantar da cama com a cara cheia de lágrimas, é ela que me faz lavar a cara e levantar a cabeça.
No entanto foi ela que me criou as memórias terríveis com que tenho de viver, foi ela que me deitou a baixo para que me possa meter um sorriso na cara, foi ela que me fez chorar para me puder limpar as lágrimas, é esta criatura que me faz tão bem e tão mal, dela só quero uma coisa, e eu ainda vivo numa bola de neve feita de sonhos e esperanças para que ela queira o mesmo que eu...

Gostava de escrever o quanto carinho e amor te guardo no meu coração, mas prefiro-te dizer isso na cara, vou-me encher de coragem (para isso talvez também tenha de estar bêbedo) e vou-te dizer tudo o que sinto, todas as saudades que tenho de ti, vou contar todas as noites que passei em branco a pensar em ti, vou-te fazer promessas de que iremos ficar juntos para sempre.

Um dia, todo o mundo vai saber o quanto te amo...

Agora se tu eras capaz de fazer o mesmo...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Saudades...

Quem é que não tem saudades daquele HipHop agressivo? Aqueles versos que nos atingem como uma onda de terrorismo, que nos fazem olhar para nos próprios antes de olharmos para os outros, que nos fazem pensar que a nossa vida não é a única fodida.
Quem é que não tem saudades das Jam's do Fuze, do Ex-Peão, do Sam The Kid, do Halloween, ?! Aquelas barras num só beat, apenas com a cultura da street, aquelas mix tapes sujas e baratas feitas nos anos 90 que em 2011 são Hall of Fame? Quem é que se esqueceu da estática no ruído de fundo, as battles que se tornam em autenticas epopeias, rivalidades que a meio de uma battle tornan-se uma amizade eterna.
Os anos em que tudo era underground? Os anos em que era tudo pela desportiva em vez de ser à procura da editora pretendida...

Foram anos de pura felicidade, expressividade de sentimentos brutos e sujos...

domingo, 15 de maio de 2011

Sem Título

Já tentei interpretar o silêncio, já acordei e adormeci a pensar na mesma pessoa, já fui mais feliz durante 24 horas do que durante 13 anos, já chorei de felicidade com uma simples mensagem, já senti falta de alguém sem nunca a ter tido por perto. Já liguei só para escutar uma voz. Já me apaixonei por um sorriso. Já vivi de amor e de juras eternas que acabaram por se tornarem nos meus piores pesadelos! Já tive medo de perder alguém. Já me arrependi de muita coisa e não há dúvida que me vou arrepender de muitas mais coisas ao longo da minha vida.

sábado, 14 de maio de 2011

Mentira

Um dia vais olhar para o passado que tens atrás das costas e arrepender-te de tudo o que fizes-te. Vais olhar para todas as atrocidades, todas as mágoas que causas-te, todo o sofrimento que crias-te. Todas as lágrimas que escorreram pelos rostos de pessoas que não mereceram o seu destino, vão-te castigar por todos os teus erros.
E quando tiveres deitado nas pedras da calçada, nos vamos todos estar na Main Street. Vais pedir-nos ajuda, sais de lá de mãos a abanar, com todas as lágrimas dos inocentes nos teus olhos e com o suspiro de um falhado...
Tudo isto foi causado porque tu o quises-te...

Mentira

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Estou farto...

Estou farto de ser o rapaz divertido, estou farto de estar sempre a sorrir a ser a pessoa de quem as pessoas esperem que diga uma piada, faça uma coisa estúpida, estou farto de dar o meu ombro para outros chorarem. Onde é que está o ombro de para eu chorar. Também tenho direito a estar triste, desanimado, angustiado. Tenho direito a escrever nestas palavras a raiva oprimida e acumulada ao longo de anos esquecidos na imensidão das memórias impedidas de me virem à cabeça pela parede que é o esquecimento.
Quero ter direito a gritar ao mundo os meus sonhos despedaçados em milhares de milhões de fragmentos que são as minhas palavras cujo valor está gasto e sobre valorizado...


Sempre que sentir um aperto no peito vou gritar ao mundo a minha dor pois é através dela que eu me torno como todo o resto do mundo, porque se não o fizer vou ser um autómato com um sorriso amarelo e amargurado.

Lê e pensa... Não quero que quem lê isto faça das minhas palavras suas, mas que as carreguem no pensamento para que quando necessário cuspirem nas almas dos que sonham com o perpétuo gozo que vocês lhes dão ao fazerem figuras de palhaços.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sete dias por semana...

Sete dias por semana, lá estás tu... A deslizar pelas ruas, a fazer com que os rapazes olhem para ti duas vezes a tentar ter a certeza de que estão a ver a musa que me fez escrever estas palavras. Na ultima quinta-feira olhas-te para mim, trocamos olhares, momentos simples como se nada mais importasse... Olhei-te por um só instante, fixei-me nos teus lábios, suaves como se me impedissem de eu desviar o olhar. Sorris-te para mim, com uma expressão de "não tenhas medo". Eu sorri-lhe de volta como um rapazito que partiu um vidro da janela a jogar à bola, envergonhado e com medo de represálias... Aí admirei-me, também estavas envergonhada. A tua cara macia como seda estava rosada, como que se eu mexesse contigo!


É engraçado como pequenos instantes podem ser eternidades...

Viramos costas e seguimos caminho com as caras rosadas de vergonha e com um sorriso que não vou esquecer.

Amanhã vou vê-la outra vez, e vai, mais uma vez, haver uma troca de olhares e sorrisos envergonhados.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estavas-me prometida

Estavas-me prometida...
Um dia apago o sol só para ver os teus olhos brilharem...
Se eu tivesse um coração, escrevia o meu ódio no gelo e esperava que nascesse o sol...

São apenas pequenos pedaços de mim distribuidos por cada letra de cada palavra


Tudo se quer, nada se tem...